Carta da ANTPEN ao evento de Olinda
A luta dos trabalhadores da Nuclemon vem se arrastando por mais de 20 anos e poucas conquistas foram obtidas durante este período.
Nosso movimento praticamente iniciou exigindo o acompanhamento medico dos ex-trabalhadores da empresa e uma indenização da empresa por danos da saúde decorrente aos anos que prestaram serviço na mesma.Naquele período, as condições de trabalho eram as piores possíveis, pois os trabalhadores estavam expostos diariamente a produtos radiativos, decorrente a areia monazita que ao longo do processo de industrialização este produto convertia-se altamente radiativo.
Durante todo este período, os trabalhadores jamais foram orientados e treinados para manipulação dos diversos serviços existentes dentro empresa, pois período que ocorreu a manipulação e industrialização destes produtos em São Paulo – Brooklin coincidiu com o regime militar brasileiro, onde os Sindicatos dos Químicos São Paulo estava sobre intervenção.
O inicio do processo de democratização político no Brasil permitiu que o Sindicato dos Químicos atua-se frementemente dentro das fábricas, exigindo que os direitos trabalhistas fossem compridos e que houvesse melhores condições na área de segurança de trabalho.
Hoje ANTPEN (Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção em Energia Nuclear) exige as seguintes clausulas:
- Transparência na destinação de recursos eliminando definitivamente contas secretas;
- Contra o uso de energia nuclear para fins militares;
- Fiscalização efetiva das fontes radiativas, instalações e centrais nucleares;
- Transparência nas relações internacionais e manutenções de Acordos exclusivamente para fins pacíficos;
- Desvinculação da execução das atividades nucleares das esferas militares (SAE, Ex-SNI e Ministérios Militares);
- Garantia de mecanismos adequados de proteção das populações vizinha às instalações e centrais nucleares;
- Ratificação da Convenção 115 da OIT, juntamente com artigo 12.
Presidente da Associação ANTPEN
Jose Venâncio Alves