Césio: o dia que não tem fim Destaque
"A gente foi humilhado igual bicho", diz vítima do césio-137
Era o dia 13 do mês de setembro de 1987 quando uma cápsula com cloreto de césio --sal obtido por meio do radioisótopo 137 do elemento químico césio-- foi aberta em uma casa da rua 57, no setor Aeroporto da capital goiana, antes de seguir para um ferro-velho. Os dias seguintes foram de dor, ferimentos, sofrimento e morte. Depois, preconceito e incerteza quanto ao futuro das pessoas contaminadas pela radiação. Esse dia jamais chegou ao fim. Em depoimentos, as vítimas contam sobre as humilhações que passaram, o medo de violência e uma dor que não passa.